
Sexo
- HP Charles

- 18 de jul. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 17 de nov. de 2023
Comecei minha vida sexual bem cedo, os tempos eram outros e como boa parte dos garotos da minha época, perdi a virgindade com uma profissional.
Confesso que, em que pese a ausência de romantismo em tal ato, houve também a ausência de pressão por desempenho, o que parece ter funcionado para mim e "talvez" tenha me marcado (ajudado?) para o resto da vida.
Dessa forma, acabei me definindo muito sexualmente vez que sempre consegui retardar meu orgasmo pelo tempo que julgasse necessário. Teria sido a liberdade e a despreocupação em minha primeira vez? Sinceramente, não sei. Virtude ou maldição? Acredite, essa opinião pode variar.
A questão é que o sexo para mim, desde então, nunca foi tabu, ou reprimido. Apesar de ser heterossexual, tenho zero preconceito e o limite é ser adulto e consentido.
Junto com isso desenvolvi atração por um tipo físico bem específico de mulher. Todos tem isso, mas em mim isso foi bem forte durante boa parte da minha vida. Sempre gostei de mulheres pequenas e delicadas. Haveria algo de edipiano aí? Talvez se você acredita e confia na psicanálise.
Também sempre me importei mais com mãos e pés, ao contrário do brasileiro típico, que não pode ver uma bunda. E isso não é tão raro como alguns pensam, pelo contrário.
Há algumas décadas o sexo era algo mais restrito ao pessoal, gosto e preferências, inclinações e fetiches. Hodiernamente as coisas estão, digamos...escancaradas.
Ruim? Não necessariamente, mas entendo que o mistério tem seu charme. É aquilo, se você mostra tudo, o que há para se imaginar? Em tempos de nudes, sobrou pouco espaço para imaginação, não é mesmo?
É meio que perde e ganha. O limite é a pessoa que impõe, mas a verdade é que sendo uma alma velha, prefiro uma pitada de pudor. A ruborização ainda tem meu apreço.
Dessa forma, dos vários problemas e pecados que acumulei em minha vida, o sexo nunca foi um deles, pois sempre transitei de forma remansosa nessa estrada. Teria sido a minha iniciação despudorada? Nunca saberei. Mas é fato que ouço relatos e confissões que sempre me deixaram intrigado e, por vezes, triste, com a peso da bagagem colocada sobre uma coisa tão legal como sexo.
Sim, é preciso responsabilidade, maturidade e entender que ele pode trazer consequências. Filho é passagem de ida e deve ser desejado e planejado.
Dito isso, acredito que passamos por um momento de experimentações e descobertas na sociedade. Isso não tem apelo para mim, mas já sou velho e fruto de outras décadas. Os jovens dominarão o planeta em breve e com eles a cultura. O sexo e a política vai mudar e ser moldada. Gostemos ou não é isso que irá acontecer.
Antes de impormos algum tipo de preconceito ou condenação aos novos costumes, lembre-se que na cama quase ninguém é "normal". Todos temos nossas fantasias, desejos ou fetiches. Todos damos espaço ao subconsciente no auge do prazer, mesmo que escondamos isso bem escondidinho.
O gozo sublima a dor, pode aquecer a alma, unir diferentes, ser íntimo ou não, mas vivê-lo é parte essencial da natureza humana. "Depois que o homem experimenta um prazer, jamais pode abdicar dele".





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