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A importância da famosa e temida DR.

Atualizado: 17 de mar. de 2024

Me parece consenso na psicologia e na terapia moderna especializada, que a maioria dos relacionamentos acaba não por falta de amor, mas por falta de comunicação. E isso está correto. Homens, em geral, temem discutir a relação. Com frequência evitam e até fogem de debater assuntos que muitas vezes são relevantes para o casal.


Alguns acham entendiante, ineficaz, desnecessário. Outros relacionam dm's com término. Mas é justamente o oposto. O que realmente causa rupturas é o não falar, é sempre empurrar para baixo do tapete. É preciso verbalizar e se sentir à vontade para ser vulnerável. A intimidade nasce disso.


Por vezes a relação precisa apenas de um ajuste fino, como o que se fazia nos antigos rádios até encontrarmos a estação. Outras vezes a conversa será acalorada, tensa, desgastante, mas ela precisa ser feita. Se for para PROGREDIR.


Existem dr's que apenas servem para remoer o passado, reaquecer mágoas e erros, jogar mazelas na cara um do outro. Isso evidentemente não melhora nada e quando ocorre nunca há a intenção real de se solucionar nenhuma questão, apenas de regurgitar ressentimentos.


É sabido que nossa psiquê consegue suportar pequenas alterações de humor, variando entre pequenas parábolas de altos e baixos, mas não aguenta montanha russa. Nenhuma relação normal resiste a picos intensos de alternância frequente e intensa entre afeto e raiva durante muito tempo. Quando isso ocorre, se chama ABUSO, característico em uma relação tóxica. E se durar há patologia MÚTUA.


A dr é uma troca para se chegar a uma melhora na qualidade do relacionamento. Quando em um dia há carinho e no dia seguinte há ofensa e desprezo, isso é CONDICIONAMENTO. E o casal não ficará unido por amor, mas por trauma. Assim como um álcoolatra fica preso à bebida, o que mantém às pessoas juntas então, é vício.


Muitas relações terminam porque as pessoas focam nas "culpas" dos parceiros e não nas próprias. E esse apontar de dedos só faz crescer a distância e gerar desencontros. Sim, todos nós que tivemos relações significativas já passsamos por isso e tivemos dificuldade em dar o braço a torcer. Por orgulho, por medo, por cansaço, talvez.


Ninguém vai dizer que "gosta" de dr's porque fazê-las significa que algo está errado. Mas não as fazer é muito pior, porque vira bola de neve. É como o lixo que não é jogado fora e se acumula em uma lixeira.


O amor se apaga quando não há mais nada a se dizer. Quando o silêncio se torna incômodo e inconveniente. Por vezes vemos casais sentados em restaurantes em mesas de jantar e que não trocam uma palavra ou até mesmo um olhar. Aquela relação ali acabou. Assim como aquela onde há um ciclo de "inferno e céu". Duas faces da mesma moeda.


A única fórmula duradoura é a de um amor tranquilo. A transformação da paixão em amor é um processo de amadurecimento acima de tudo. E ele sempre virá, porque toda paixão acaba mas nem todo amor. E ele precisa ser regado com afeto e com CONVERSAS.


Os prazeres da cama durarão inevitavelmente alguns minutos, com sorte algumas horas, mas o dia possui 24. No resto do dia o que precisa ocorrer é troca de carinhos, experiências e verdades. Comer junto, segurar as mãos, beijo, tudo isso é importante. Por que dividir as dúvidas, angustias e inseguranças não seria?


Mulheres precisam se sentir protegidas e desejadas e homens precisam se sentir nutridos e respeitados. Todo o resto é negociável e ajustável.


Um homem é agradado com companhia e interesse pelas coisas das quais gosta. Na hora do jogo, leve uma cerveja para ele e se sente a seu lado com vontade GENUÍNA de participar, de conhecê-lo. Mulheres querem ser percebidas, elogiadas, abrigadas. Ofereça um beijo inesperado à sua mulher, faça um carinho gratuito, a defenda.


O que afasta jamais pode ser maior do que o que aproxima. Mas não somos videntes. As coisas se resolvem FALANDO. Em muitos casais há medo em se falar. Há má escolha do momento para se conversar. Há ausência em vez de presença.


Conversar para mudar, para melhorar, para fazer valer a pena. Essa é a missão. E você precisa aceitá-la se houver amor. Trocar de parceiro não resolve nada se não se quebrar padrões de comportamento, pois eles serão repetidos. Já notaram como diversas pessoas saltam de relacionamentos abusivos para outros ainda mais abusivos? Por que a toxicidade precisa sempre estar presente? Isso é o que a terapia precisa mostrar.


Sendo assim, suporte o incômodo trabalho de sentar a bunda para conversar com seu parceiro sobre o que for. Ouça, fale, entenda o propósito e então sigam em frente. Ou não. Mas tudo fica melhor após ser verbalizado. Tudo faz mais sentido, trazendo alívio ou sofrimento.


Se após a conversa você sentir alegria, é porque sua relação vai florescer e se redimir. Se você sentir tristeza, ela vai te oferecer entendimento e talvez encerramento. Mas em ambos os casos, o verbo te fará se sentir livre.



 
 
 

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