
O que realmente importa aos outros sobre você.
- HP Charles

- 20 de dez. de 2023
- 2 min de leitura
Em uma sociedade devorada pelo materialismo e pelo individualismo, você saberia dizer o que seria mais importante para as pessoas em relação a você? Dinheiro? Beleza? Senso de humor? Inteligência? Pois te afirmo que não é nada disso.
Sim, pessoas certamente se sentirão atraídas por todos os atributos elencados acima, levando em conta caráter, maturidade, ética, gosto pessoal. Mas em última análise, o que importa para as pessoas, acima de tudo, é como você as faz sentir quando estão contigo.
Se sua presença os faz sentir bem, se sua voz os anima, se o que você diz ou escreve toca seus corações. Todo o resto ficará em segundo lugar. Ansiamos sempre pela capacidade que o outro tem em nos fazer sentir realmente felizes. Muitas vezes, é claro, somos seduzidos por miragens e mentiras, mas elas duram pouco porque jamais criarão laços verdadeiros e a máscara está fadada a cair em algum momento, vez que o que se sente é o apego à uma idealização e não à verdade.
Já o sentimento puro e calcado na verdade e no afeto genuíno, tende a persistir e se renovar mesmo nas pequenas coisas. Uma frase dita no momento certo, um carinho despretensioso, um beijo de olhos sempre cerrados e que nos conduza ao sonho, inspiração e segurança. É com isso que as pessoas realmente se importam.
Elas querem pessoas que as façam rir e sorrir, que tragam paz e afeto para seus dias, que encham sua vida de esperança e prazer. Todo o resto é secundário. E deveria mesmo ser. Você já experimentou dar um abraço em um amigo a quem não via faz muito tempo? Sentiu aquele calor, aquela alegria absolutamente verdadeira? Já deu um beijo muito desejado em alguém, após uma longa espera? Então sabe do que estou falando.
Você anseia estar com alguém que te faça se sentir pleno. Se o que une é algo negativo, maligno, inverossímel, então é doença, é trauma, e não amor. E aquele sentimento todo estará condenado a se transformar em mágoa e ressentimento. O que se sente também precisa ser desnudado e verificado se é real ou apenas uma ilusão gerada pela química, pela carência ou dependência. Sim, amor e entrega também depende de contexto e de alicerces.
Essa sensação de prazer e felicidade deve ser aproveitada, mas também precisa evoluir para algo mais sólido, mais real, "menos emoção e mais projeto". Esse é o normal em qualquer seara. A ação do tempo costuma mostrar a potência e a verdade que por vezes fica camuflada naquele oceano de emoções iniciais.
E então aquilo tudo que era sentido como uma febre vai se transformando em algo distinto, mais sereno e profundo. E isso sim é o amor, porque amor é construção, é abrigo, é paz, não é montanha russa.
Sendo assim, se pergunte sempre como tal pessoa te faz se sentir, o que é totalmente diferente de como você se sente em relação a ela. Foque nas atitudes, na maneira como você é tratada, no cuidado que você recebe. Você deve importar ao outro, deve ser relevante a ponto de ser amada, ser protegida e ser cuidada. Você precisa ser importante, esse é o critério precípuo e inegociável. Inspire pessoas e o resto todo virá.





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