
Hand Kink - Sexo, mãos e pés
- HP Charles
- 25 de mar. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 15 de abr. de 2024
Eu não sei em qual momento de minha vida comecei a me sentir atraído por mãos (e pés), mas acredito que tal fato remonte à minha adolescência. Isso sempre me causou intriga e durante algum tempo, preocupação. Após alguma leitura e pesquisa, descobri que o fato é mais comum do que se imagina e então passei a lidar ao longo de toda a minha vida adulta e sexual, com absoluta naturalidade com tal "fetiche", se é que podemos chamar assim.
E isso está bem longe de ser um fenômeno masculino. Inúmeras mulheres possuem a mesma atração por mãos e pés masculinos. Se importam com a vascularização, com o formato dos dedos, com a aparência feminina ou masculina do objeto desejado.
Se pensarmos bem, muda pouco, pois qual é a diferença real para a adoração nacional e contumaz por seios e bundas que a maioria do brasileiro possui? A sexualidade é muito vasta e pessoal. Em meu caso, nunca fui um homem que se importou diretamente com a beleza, pois sempre a compreendi como subjetiva. O que pode ser belo para fulano pode não ser para sicrano.
No meu caso, desde jovem, charme, mãos e pés sempre tomaram a frente de corpos sarados e de rostos perfeitos. Já tive relacionamentos relevantes com mulheres consideradas "feias" por padrões midiáticos (e tolos) mas que possuiam alguma elegância, e eram dotadas de mãos e pés que pessoalmente me agradavam. Por outro lado tive uma mancheia de namoros com moças consideradas lindas e que não me causaram grande impacto afetivo. Loucura? Claro que não.
O desejo sexual se estabelece de maneira distinta para cada um. Os fetiches, as fantasias sexuais e os aspectos que envolvem a prática do ato sexual, podem e devem ser explorados por adultos de diferentes gostos, gêneros e idades. E isso é saudável desde que seja adulto e consentido.
O erotismo é parte inerente da imaginação humana e havendo respeito e cuidado, não há mal algum. Possuo dedos longos e bem delineados e sempre entendi que a relação sexual não se resume a penetrações e portanto, não deve ficar restrita a língua, pênis, vagina ou ânus, para quem se sente à vontade.
Para mim, beijar mãos e pés é tão importante quanto me deter em qualquer outra parte do corpo feminino. E vejo isso com enorme tranquilidade. Muitos ficariam surpresos em saber como haverá reciprocidade na descoberta de uma nova zona erógena.
O único problema é quando tal fetiche fica restrito, e toda a sexualidade do ato é dirigida para determinada parte do corpo. Mas isso impenderia tratamento e não é disso que estamos falando.
Mãos e pés bem delineados e cuidados podem trazer um prazer enorme ao parceiro, suscitar fantasias e desejos, criar novos paradigmas sexuais, expandir a brincadeira, gerar orgasmos intensos e inesperados.
O ponto que ensejou esse texto é tentar deixar clara a vastidão de nossa sexualidade e imaginação. Se há intimidade, se há afeto, se há amor, por que não ceder a um jogo de sedução que pode ser tão mais amplo e interessante?
Em minha vida guardo com carinho todas as relações significativas que tive em minha existência e nela lindas mãos e pézinhos possuem um lugar especial, não apenas sexualmente, mas também como demonstração de afeto e até proteção.
Gosto de dar as mãos, gosto de massagear pés, gosto de sentir a mulher como um todo, porque é assim que deve ser. Sua parceira não é um objeto, é uma pessoa, é alguém que sente intensamente e que deseja ter seu corpo explorado em cada centímetro. O sexo não admite egoísmo.
Faça assim...comece por um carinho pelos cabelos, sinta o cheiro do pescoço de sua parceira, beije sua boca, a segure firme mas protetivamente, entrelace os dedos dela em suas mãos, conecte seu corpo ao dela. Ela já estará então desnuda e entregue. Se entreguem. Se unam.
Após o coito...beije seus pés, os massageie, e se houver amor...diga que a ama. E faça tudo isso olhando nos olhos dela. Nada mais é preciso. Acredite. Algo mágico acontecerá.
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