
O narcisista é “humano”? Mesmo?
- HP Charles
- 12 de mar.
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de jun.
Isso talvez seja “politicamente incorreto” de dizer, eu sei, mas eis a dura verdade sobre a questão…
Se você NÃO POSSUI o maquinário, as peças, as ferramentas, para exercer empatia, e você não possui acesso a emoções positivas, em que sentido você é “humano”? Não faltaria algo fundamental para as relações interpessoais?
Se existe a INCAPACIDADE de se reconhecer a externalização e a separação de outras pessoas e você as enxerga como “objetos internos”, as percebe como extensões, como introjeções, como figuimentos manipulativos dentro de sua imaginação, e você as nega uma existência individual, é INCAPAZ de empatizar com elas, como é possível humanizar tais “criaturas”? Se você não reconhece a possibilidade de erro, se enxerga sua mera presença como gratidão suficiente a quem te fez o bem, como isso seria um comportamento “humano”?
Se você é INCAPAZ de conjurar sentimentos como AMOR, COMPAIXÃO e AFEIÇÃO, em que sentido tal ser pode ser considerado humano ou ser “humanizado”? Biologicamente?! Claro que o narcisista pode ser considerado “humano”, mas PSICOLOGICAMENTE ele é humano?! É uma pergunta justa. Ou não?
E vou mais além, o convívio e experimentação do narcisismo em primeira mão, através de contato REAL e não apenas teórico, produz na vítima do abuso sensações e experiências que IMPENDEM a tradução em algo muito mais “sentido”, do que qualquer outra coisa. Mais de 90% das pessoas que entraram em contato com narcisistas descreveram “intuições” ou “alertas cognitivos” quase que imediatos. MAIS DE 90%!
O diagnóstico e o próprio reconhecimento de um narcisista, na maioria das vezes, se dá através de comportamento repetitivos, cíclicos, tênues, manipulativos e esterilidade empática. Não há como se observar e registrar isso sob a luz de um microscópio. O narcisista te mapeia, te espelha e projeta. Ele te faz ver o mundo através dos olhos dele e não dos seus, te convidando para um mundo que se espelha na realidade mas é vivido através de uma fantasia. O narcisista “não é” porque ele simplesmente é um simulacro. Sendo o mais claro possível: ELE NÃO EXISTE.
Como é possível humanizar o que não existe?
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