
Quando a terapia realmente começa.
- HP Charles

- 27 de mar. de 2024
- 2 min de leitura
Muitos acreditam que a terapia começa quando nos sentamos com o terapeuta e começamos a expor nossas dúvidas, angústias, medos e questões iniciais. Mas isso não é verdade. A terapia começa de fato quando decidimos que precisamos de ajuda. Quando assumimos que o fardo precisa ser dividido.
Ao aceitarmos em nossa consciência a necessidade de ajuda e de compartilhar as vicissitudes de uma vida coalhada de asperezas, perdas e dores, inerentes à existência e à própria humanidade, a terapia então começou. E começou porque houve o reconhecimento de que há algo fora do lugar. Algo que precisa ser trabalhado, movido, desconstituído.
Muitos resistem. Muitos fogem (para onde?). Muitos escolhem se manter no mesmo lugar onde se acostumaram a estar. O medo os paralisa e então fingem para si mesmos que não há nada de errado com eles. Mas sabem que há. O processo é longo e alguns só reconhecem a necessidade da terapia quando a situação é insustentável. Mas isso também faz parte de um quadro maior.
Ao nos colocarmos frente à frente então, em um segundo e importante passo, com o terapeuta, seja ele de qual especialidade for, cedemos espaço para que o peso seja dividido. Ao ser aceito pelo terapeuta, porque a empatia e a simpatia é essencial nessa relação, há um processo de abrigo e diminuição da solidão que ocorre muitas vezes, de forma imediata.
Não raro, mesmo os problemas mais complexos encontram refrigério já na saída do primeiro encontro. A terapia não mudará o passado, mas pode mudar a forma como você lida com o passado. Ela então te oferece autoconhecimento, ressignificação, afeto, e com muito trabalho, uma vida melhor.
Te oferece e entrega, quem sabe, o que todos desejam. Cura. Cura da alma, cura de traumas, cura de culpas, cura de ressentimentos. Ela te oferece então...liberdade. Ela propõe uma transformação onde você finalmente encontre a si mesmo.





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